A lua de mel


Ah bela Amsterdam! A maior cidade holandesa. Seus lindos campos floridos, espelhos d'aqua, moinhos de ventos, barcos e castelos. A cidade internacional dos casais apaixonados. talvez, perdendo somente para Paris em seu romantismo e elegância. Foi este o cenário que nosso casal protagonista decidiu passar a sua lua de mel. Era um casal jovem. Cinira e Roberto. Ele tinha apenas vinte e três anos e ela vinte e cinco. O casamento mais parecia algo ainda muito novo e fantasioso e a escolha pela Holanda como começo da viagem não deixou esta última característica por menos.

Depois de uma longa partida, chegaram ao aeroporo internacional de Schipol no início da tarde e mal colocaram suas bagagens no hotel e já partiram para conhecer a cidade. No fim da noite, voltaram. O hotel, na teoria, era um hotel quatro estrelas aconchegante, modesto e bonito tendo uma bela vista para a cidade, mas na prática era um hotel euroupeu então era a coisa mais chique, bonita, romantica e exuberante que os dois já haviam visto.

Ao chegar no saguão do hotel foram direto ao elevador e ainda pensando no dia decorrente ela disse:

- Ai beto! Amsterdam é tão linda nossa o dia foi maravilhoso

- Foi mesmo. Amanhã vamos seguir um cronograma que eu vi no hotel quando chegamos. Eles parecem mostrar muitos pontos turísticos famosos e bem falados da cidade.

- A claro vamos sim.

Chegaram no andar correspondente. O quarto em sí era bem bonito. Possuia uma pequena sala com uma cozinha integrada, um banheiro e o quarto de casal com uma televisão. O chão da sala era de madeira e nela havia também uma mesinha de jantar. Ao entrarem conversaram um pouco sobre o dia e a noite decorreu.


No dia seguinte, Roberto foi até a recepção e perguntou que horas saia o ônibus do hotel que ele havia visto no dia anterior no cronograma. A recepcionista lhe informou que sairia daqui a duas horas. Um bom intervalo para tomar café-da-manhã e se aprontar. Dito e feito, em duas horas estavam os dois no saguão esperando pela excursão. Neste momento, Roberto se deu conta de que não tinha perguntado para onde iriam, mas Cinira disse que não importava qualquer coisa iria ser bom.

A visita a uma antiga fábrica de queijos holandeses em uma cidadezinha próxima a capital! Este era o passeio. Há de se confessar que talvez não fosse este o programa que o casal, o narrador e o leitor estivessem esperando, mas foi este sim para a surpresa dos dois. Contudo, para um casal recém-casado tanto fazia o lugar.


O ônibus se dirigia a cidade de Haarlen a extremo oeste dos Paises Baixos e junto com o casal estava uma excurção enorme cheia de idosos. A distância até a cidade era relativamente curta e em cerca de 1:30 min eles chegavam ao seu destino. Durante o trajeto, o ônibus passou por locais dignos de filmes hollywoodanos. Enormes plantações de cereais e longínquos campos de flores onde ao fundo podia-se enchergar um moinho de vento. Era realmente uma linda paisagem.

Ao chegar a fábrica, a excurção realmente começou e todos foram seguindo a um estrutor que tentava explicar o procedimento de fabricação dos queijos. Na plataforma primaria,o leite é analisado, medido, coado e destinado para o interior da fábrica. Opcionalmente, poderá, via desnatadeira, também instalada na plataforma ser desnatado. O leite é bombeado para dentro do tanque de parede dupla, sendo aquecido a 65ºC. desliga-se a fonte de calor do tanque tampa-se e mantém-se por quinze minutos. Depois de atingida a temperatura e tempo de pasteurização o leite deverá ser resfriado no próprio tanque via circulação de áqua na camisa do tanque.... Nossa era algo interessantíssimo!

Sendo assim, não demorou muito para a paciência se esgotar e Cinira querer matar Roberto. Afinal, pagar uma viagem a Europa para ir a escola era cultural demais. Depois de um tempo, a explicação chegou ao fim e o estrutor levou os convidados para uma sala onde havia os mostruarios de todos os queijos que ali eram fabricados e explicou cada um deles. Logo em seguida, dirigiu seus convidados para uma outra sala que dava acesso a loja de queijos e a saída. O casal, vinha por último, mas antes de sairem Roberto disse:

- Cici, bora roubar um queijo desses?

- Bora!

Eita povinho brasileiro! Cinira se aproximou da mesa de queijos que não possuia proteção nenhuma (lembre-se, estamos na Europa)e "discretamente" jogou um dos queijos pra dentro da bolsa. E sairam andando como se nada tivesse ocorrido.


Ao voltar para o ônibus, riram de não para mais do que acabaram de fazer. O que o tedio não leva as pessoas a fazerem? E riram e comentaram sobre isso até a volta a Amsterdam. Quando voltavam a capital, já era fim de tarde e a cidade parecia ainda mais bonita. Antes de ir ao hotel, foram a um mercado proximo e compraram um bom vinho local.

Ao subirem no apartamento, Cinira foi abrir o vinho enquanto Roberto tirava o queijo da embalagem e o colocava em cima da mesa.

- Nossa Cici tá vendo como esse queijo é bom! Ele é até escurecido. Disse ele

Pegou a faca e tentou cortar o queijo. Sem sucesso. Colocou mais força. o queijo não partia. Fez mais força. Nada. Mais o que tá acontecendo? Colocou muita força! O queijo escapou, quicou no chão umas duas vezes e circundou até parar. Depois, se descobriu que a testura do queijo não era assim tão diferente do chão.

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